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O trabalho apresenta a experiência de gestão participativa do Encontro dos balseiros do rio Uruguai realizado pelo Museu do Balseiro, Itá, SC, em parceria com os alunos do 4° ano do ensino fundamental da Escola Municipal Valentin Bernardi e os antigos balseiros. O trabalho busca compreender como as ações de recuperação e de preservação do patrimônio cultural imaterial dos balseiros na rede de ensino têm sido negociadas e associadas à história local. Para interpretar a ação do Museu do Balseiro, foi planejada uma investigação sob abordagem qualitativo-descritiva, na forma de um estudo de caso, que constituirá uma dissertação de mestrado em Museologia e Patrimônio.  A metodologia inclui pesquisa documental como base para recuperação das ações dos balseiros, acompanhada de observação participante. Conclui que a experiência se constituiu numa atividade de ação educativa e cultural, útil como estratégia de recuperação de memórias e de educação para o patrimônio, através da apropriação de elementos da cultura do colonizador. Compreende-se que os museus, quando inseridos na dinâmica da reciprocidade, ampliam e reforçam a sua função social, e constituem formas de zonas de contato que sugerem perspectivas de inclusão nas discussões e construções do fazer museológico sob o contexto de curadoria compartilhada/participativa, em parceria com o grupo que o museu quer representar.

Museu do Balseiro; Patrimônio cultural; Comunicação museológica; Reciprocidade; Escola Municipal Valentin Bernardi.