Última alteração: 2018-10-21
Resumo
Trata a noção de sujeito informacional pela desnaturalização de discursos e enunciados da sociedade da informação e da ciência da informação. Pensar a naturalização da concepção de sujeito informacional requer um olhar sobre o “sujeito” em diferentes configurações, o que direciona observações sobre a constituição deste mediante os estudos de informação e de conhecimento. O objetivo deste trabalho é, portanto, o entendimento desta constituição para reconhecer as condições que foram validadas e que repercutiram na estruturação e na naturalização desta nomeação. Em consideração aos estudos de Michel Foucault sobre a história arqueológica, a genealogia do sujeito, a arqueologia do saber, as tecnologias e as técnicas de si, estabelece diálogos com a ciência da informação, com a teoria records continuum e com estudos no âmbito da bibliografia. Pautado em revisão de literatura, configura um estudo teórico-epistemológico para o tratamento das proposições indicadas. Sugere, preliminarmente, que a concepção de sujeito informacional não pode prescindir os elementos próprios da construção do conhecimento e da informação em meio a campos de validação, sendo estes o fio condutor para a percepção e alocação do sujeito. Ou seja, conceber o sujeito informacional é percebê-lo em relação ao conhecimento e à informação e pelos agenciamentos e dispositivos do conhecimento e da informação.