O presente artigo defende que a inovação deve se fundamentar na cultura da organização e que em micro e pequenas empresas esse deveria ser um fator decisivo para desenvolver e aplicar a inovação. O objetivo da pesquisa foi analisar a ambiência inovadora das empresas participantes do Programa ALI de diferentes segmentos e setores, pertencentes às regiões de Marília e Ourinhos. Assim, são apresentadas as principais ideias referentes à cultura de inovação, bem como sobre o ambiente de informação, e sobre como a coleta de dados foi realizada junto aos empresários. Essa pesquisa é descritiva e utilizou os dados coletados pelo Programa ALI no período entre 2015 e 2017, analisando-os também por meio de medidas descritivas e pelo teste de correlação de Spearman, pois este mede o grau de associação entre duas variáveis. Contudo, a associação entre as questões referentes ao instrumento Radar da Inovação referente à Dimensão Ambiência Inovadora mostrou-se fraca. Infere-se que os comportamentos destinados a promover a inovação nas MPEs participantes são insuficientes, indicando uma provável ausência da cultura de inovação, cuja base constitui-se de valores que incentivam criatividade, interação, dinamismo, comunicação e, uma cultura que se aproximaria mais da adhocracia. Assim, uma cultura em que predominam o respeito à hierarquia e à estabilidade é menos propensa a gerar novas ideias e comercializá-las, sendo no máximo capaz imitar.