Esta comunicação objetiva refletir sobre a formação de grupos de objetos de ciência e tecnologia visitáveis em instituições públicas que não têm a musealização como sua atividade fim. Buscamos refletir sobre esta forma de preservação de bens culturais do patrimônio cultural de ciência e tecnologia, especialmente focando nossa atenção sobre a ausência de políticas públicas mais amplas, que acabam sendo substituídas pela ação dos servidores públicos responsáveis pela reunião primeira dos objetos e sua guarda cotidiana. Apresentamos como estudo de caso o grupo de objetos de ciência e tecnologia visitável existente no Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Pernambuco composta por aproximadamente 350 (trezentos e cinquenta) objetos que foram preservados ao longo da trajetória institucional do IPEM no século XX, e que atualmente apresentam potencial para se tornarem uma coleção visitável, com expressivo valor cultural no âmbito do patrimônio cultural da ciência e da tecnologia. Como metodologia utilizou-se a observação participante e a revisão de bibliografia, tendo sido utilizados aportes da Museologia, da Ciência da Informação e da Gestão Pública. Concluímos que se trata da efetivação de micro políticas preservacionistas do patrimônio cultual de ciência e tecnologia, que possui aspectos positivos no tocante ao empoderamento dos detentores dos acervos, e aspectos negativos devido à baixa institucionalização.