Portal de Conferências, XIX ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (XIX ENANCIB)

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DISCUTINDO COLEÇÕES: CAPITALISMO E MEMÓRIA CULTURAL
Giulia Crippa

Última alteração: 2018-10-24

Resumo


O trabalho indaga as coleções de objetos e documentos oriundos tanto da produção no sistema da arte, bem como da produção industrial (entende-se, aqui, o design, a produção gráfico-publicitária etc...), entre seus valores de uso e seus valores de troca. Estuda as fronteiras porosas entre as categorias ligadas à função de mercadoria dos objetos industriais e artísticos, sua projetação, sua realização e as dinâmica de coleção que as modalidades produtivas e de realização impõem (entre arquivos e museus) e as narrativas de memória que disso se constituem, principalmente através de sua exposição e mediação.

Nossa proposta centraliza dois modelos de memória, um ligado ao museu e outro ao arquivo. No primeiro caso, observam-se as funções de uma instituição que propõe uma memória ligada ao conceito de monumento. Por contrasto, o arquivo desponta como novo sistema de organização e de comunicação da produção estética, em uma relação diferente daquela, já conhecida, de lugar das práticas administrativas, na medida em que uma série de mudanças investem as linguagens, os materiais e os modos de produção de produtos ligados às discussões estéticas, perante os quais o sistema do museu não se expressa, em todos os casos, de maneira eficaz na realização de sua finalidade de garante da memória.

A proposta desse trabalho se deve à busca de uma reflexão ligada à memória cultural, colocando a busca da validade de seu anseio teórico na realização em espaços informacionais reais, em escolhas organizacionais e em boas práticas de mediação de conteúdos informacionais e culturais.

Palavras-chave


Memória Cultural; Coleção; Arquivo; Museu.

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