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O artigo trata dos resultados finais de pesquisa-tese desenvolvida no campo da Museologia e do Patrimônio, tendo como objeto de estudo o potencial de economia criativa de museus no Estado de Santa Catarina, Brasil. Destaca-se aqui o papel das comunidades diretamente envolvidas com esses museus e a relevância dos processos de trocas entre museus e comunidades, definidores de novos sujeitos informacionais. A pesquisa utilizou como fundamento o Museu percebido em sua dimensão integral, tendo como matéria prima o conhecimento construído a partir dos referenciais de memória e sabedoria, tradicionais dos grupos estudados; e desenvolveu-se tomando como base teórica os conceitos de patrimônio integral, economia criativa e desenvolvimento sustentável. O caso de estudo é o Museu Histórico de Pinhalzinho, no Oeste Catarinense, onde se desenvolve há pelo menos dez anos um trabalho plenamente articulado com os grupos locais. A metodologia incluiu pesquisa bibliográfica e de documentos primários, bem como pesquisa de campo abrangendo observação participante, entrevistas e depoimentos. Identificou-se a ação do Museu na organização e reorganização de grupos e associações culturais e na retomada e revitalização de práticas, ofícios e saberes tradicionais – possibilitando comprovar sua influência na transformação da realidade local, para além do trabalho com acervos. Os dados analisados permitiram concluir que o Museu pode, efetivamente, atuar como elemento transformador de realidades – percebendo-se a conexão explícita entre a salvaguarda e a difusão de bens culturais, que legitima o museu como sujeito informacional e agente de desenvolvimento local sustentável.

Museu, Museologia, Patrimônio, Desenvolvimento, Economia Criativa