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“TANTO CURA COM A CASCA DA JUREMA COMO CURA COM A FRÔ”: a experiência das ervas e a conexão com o sagrado da Jurema no Arquivo José Simeão Leal
Carla Maria de Almeida, Bernardina Maria Juvenal Freire de Oliveira

Última alteração: 2018-10-24

Resumo


O presente artigo compreende em um fragmento da dissertação, que teve como objeto a memória construída sobre a Jurema no arquivo pessoal do intelectual paraibano José Simeão Leal. Os documentos referentes à Jurema encontram-se nos gêneros sonoro, textual e iconográfico. A documentação aqui analisada refere-se às plantas e ervas utilizadas no contexto religioso, cujas informações estão materializadas nos suporte em forma de fotografias, manuscritos e datilogrados. Nossa perspectiva parte do princípio de que os documentos compreendem em médiuns de memória (ASSMANN, 2011), se constituindo, pois, em importantes suportes informacionais, logo, importantes meios para um conhecimento do grupo registrado. Como procedimento metodológico, adotamos a análise documental (ARÓSTEGUI, 2006). As anotações sobre as plantas e ervas indicam as descrições de seu uso, suas definições e atribuições. José Simeão Leal registrou o duplo papel das plantas medicinais no contexto religioso: sacral e funcional (ARRUDA CAMARGO, 2014a; 2014b; 2005-2006), ou seja, seu valor simbólico e o papel que ela desempenha na situação ritualística. A partir disso, concebemos o Arquivo de José Simeão Leal um espaço de memória sobre a Jurema praticada na Paraíba, espaço onde memórias sobre sabedoria popular, artes da cura através das plantas e do ritual da Jurema podem ser evocadas por meio dos documentos ali presentes.


Palavras-chave


Arquivo José Simeão Leal; Jurema; Ervas; Memória Social.

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