Última alteração: 2018-10-20
Resumo
Apresenta um panorama de uso de facetas na organização da informação, entre ambientes físicos e digitais. Fundamenta a pesquisa em estudos da organização do conhecimento com enfoque na teoria da classificação facetada de Ranganathan, destacando as cinco categorias fundamentais, representadas pela mnemônica personalidade-matéria-energia-espaço-tempo, a multidimensionalidade sistemática e os cânones de renques de classes e de cadeias de classes. Apresenta como resultados da pesquisa, estabelecidos em uma metodologia constituída pelas técnicas aplicada, exploratória e bibliográfica, que a maioria dos modelos de facetação está aplicado em ambientes digitais, que são modelos puramente acadêmico-profissionais e não comerciais, que os sistemas documentários (físicos) foram os suportes de aplicação mais adotados, que foram identificados modelos no período de 1933 até 2017 e a categoria fundamental [Personalidade] foi a mais citada entre as dimensões da mnemônica. Apresenta ainda, a partir da técnica de pesquisa aplicada, que a análise na interface da biblioteca digital de teses e dissertações, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, identificou uma taxonomia navegacional construída a partir de uma sequência útil particular, as facetas estão organizadas pelos cânones da exaustividade, da exclusividade e da extensão decrescente de cadeias, e a categoria fundamental “ano de defesa” não possui facetas pré-estabelecidas. Concluiu-se que a presença de facetas em sistemas de organização do conhecimento promulgam que um mesmo produto tenha interpretações diferentes em uma taxonomia navegacional, formalizam a multidimensionalidade idealizada na teoria da classificação facetada de Ranganathan, mas sem segui-la na íntegra por vezes, adotam mnemônicas personalizadas e mostram que os websites assumiram a facetação como um meio que não se limita a organizar a informação, mas que influencia nas formas de navegação e busca de informação nas interfaces de ambientes digitais.