Nos últimos anos, as políticas públicas de educação no ensino superior têm contribuído para inclusão de indígenas nas universidades. Entretanto, os universitários indígenas enfrentam dificuldades ao longo da graduação que podem interferir no desenvolvimento acadêmico dos mesmos. O uso da informação é primordial para inclusão intelectual e social das classes menos favorecidas, onde a intervenção da Ciência da Informação busca mediar junto aos universitários indígenas na superação das lacunas informacionais e agir através do conhecimento dos usuários, como atividade agregada à gestão da informação para satisfação de suas necessidades informacionais. Trata-se de uma pesquisa descritiva e natureza quanti-qualitativa, que corresponde a um estudo de usuários indígenas. Realizou-se uma pesquisa que tem como objetivo analisar o comportamento de busca e uso da informação dos universitários indígenas do Campus IV da UFPB à luz do Modelo de Ellis, Cox e Hall (1993) ampliado com as contribuições de Crespo (2005), e Tabosa e Pinto (2015). A metodologia inclui um levantamento bibliográfico e uma pesquisa de campo, tendo como instrumento de coleta de dados um  questionário com perguntas abertas e fechadas. Entre os objetivos específicos, está o tema foco desse texto: traçar o perfil dos universitários indígenas como usuários da informação. Os resultados da pesquisa apontam o seguinte perfil dos universitários indígenas: são usuários jovens, a maioria com idade de até 25 anos, do sexo masculino e de baixa renda familiar, reside em nove aldeias das Terras Indígenas dos Potiguara e cursa Antropologia e Ecologia, o que reflete suas identificações culturais e ambientais, em busca de representação social e melhores condições de sobrevivência.