Resumo: O centenário da primeira coleção museológica da Fundação Oswaldo Cruz, sob a responsabilidade do Museu da Vida, é um momento propício para fazer uma reflexão sobre os processos de formação e métodos de difusão deste acervo que testemunha as transformações dos campos da saúde e das biociências no Brasil do último século. O objetivo aqui é conhecer as estratégias implementadas ao longo das décadas de funcionamento do antigo Museu Oswaldo Cruz, ressaltando as diferentes concepções na sua narrativa museológica e de que maneira elas se encontravam expressas no cenário cultural. Serão apresentados aspectos históricos relativos às coleções com o intuito de mostrar a importância dos museus como espaços fundamentais para a reflexão das diferentes manifestações e tentativas de narrar o passado e a produção científica. A investigação documental revela que pesquisar a construção, transformações, usos e funções das exposições que figuraram neste museu são importantes fontes de reflexão para o campo museológico uma vez que esta forma de comunicação pressupõe uma concepção de sociedade, de tempo e de agentes sociais. Principalmente através delas que o museu se define como difusor cultural e político.