Última alteração: 2018-10-24
Resumo
Os arquivos da repressão permanecem restritos ao acesso pela sociedade civil, em parte por se manterem deliberadamente ocultados e em parte por se encontrarem dispersos em espaços e localidades diversas. Isso retrata, de certa maneira, a tendência de deixar no esquecimento os fatos reveladores das práticas políticas dos regimes autoritários. No entanto, há uma série de iniciativas de construção da memória política realizadas por arquivos, bibliotecas, museus, centros de documentação, web sites, entre outros. O objetivo deste trabalho foi mapear essas iniciativas e construir um canal organizado de difusão dos sítios de memória criados na América Latina. Para isso realizou-se: a) Revisão Bibliográfica, em que se buscou compreender a historiografia latino-americana na segunda metade do século XX; b) estudo e sistematização das técnicas de organização, representação e disseminação da informação; c) Identificação e mapeamento das instituições de memória e resistência da América Latina; d) Criação de um web site para divulgação do material coletado. A pesquisa teve como referencial teórico fundamental a historiografia da América Latina e os processos de organização e representação do conhecimento. Foram mapeados 56 sítios de memória na América Latina e as informações coletadas e sistematizadas foram armazenadas e disponibilizadas em uma página virtual, de domínio da Universidade de São Paulo: <http://www.usp.br/memoriaeresistencia/>, denominada “Memória e Resistência”.