Última alteração: 2017-10-10
Resumo
Atualmente, as organizações vivenciam um vasto contexto de sistematização de dados, troca de informações e construção de conhecimento em um ritmo denso e acelerado. No entanto, em muitos casos, não se têm a consciência sobre os aspectos de grande relevância em relação à competência do funcionário em lidar diariamente com esse contexto de grande volume informacional. Diante deste cenário, este estudo tem por objetivo analisar a competência em informação dos funcionários de uma Unidade Básica de Saúde mediante a transição do prontuário físico para o prontuário eletrônico do paciente. O intuito é pesquisar qual o impacto dessa transição para esses profissionais e quais são seus níveis de competência em informação. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo-exploratório de natureza qualitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Os resultados demonstraram que é costume dos profissionais não avaliarem a veracidade da informação recuperada e que a correção de erros informacionais não é praxe nas práticas organizacionais, pois os profissionais estão adaptados com a desorganização e falta de gestão do prontuário físico, mesmo sabendo dos efeitos prejudiciais da perda da informação, e assim, essa situação pode migrar para as práticas de utilização do prontuário eletrônico também. Por fim, verificou-se que a transição do prontuário físico para o eletrônico modifica alguns aspectos culturais na organização e que a adaptação dos funcionários se torna difícil, visto que não possuem níveis suficientes de competência em informação para o uso efetivo das bases informacionais que constam na unidade pesquisada.