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ETNOGRAFIA NO ARQUIVO DOCUMENTAL: UMA NOVA ABORDAGEM PARA DISCUSSÃO ACERCA DAS TEORIAS RACIAIS ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX
Última alteração: 2017-10-29
Resumo
O objetivo deste estudo é relatar a pesquisa realizada no Fundo Arquivo Pessoal Nelson Coelho de Senna, que compõe o acervo do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Este arquivo pessoal ainda foi pouco explorado por estudos aprofundados em sua totalidade. Para trabalharmos a documentação de forma que trouxesse um retorno tanto arquivístico, quanto social, foi utilizada como metodologia de pesquisa a etnografia em arquivos. Esta metodologia, ainda pouco utilizada na Ciência da Informação, possibilitou uma cooperação entre áreas do conhecimento (Antropologia e Arquivologia), que resultou na percepção histórica e social de parte do arquivo referente à cultura africana e de afrodescendentes no Brasil. Assim, a nossa leitura considerou o papel do documento como guardião da memória involuntária de Nelson de Senna e do registro tanto do avanço do pensamento desse autor em seu tempo, quanto da contribuição do africano, seus descendentes e indígenas para diversidade cultural do país. Por isso no presente artigo revisitamos alguns intelectuais brasileiros que discutiam as questões raciais no período pós–abolição procurando traçar um paralelo do pensamento daqueles com o de Nelson de Senna. Sobretudo pelo fato de os registros constitutivos do arquivo deste nosso autor abranger vários aspectos da cultura africana presentes na sociedade brasileira.
Palavras-chave
Arquivo Pessoal; Etnografia; Ciência da Informação.
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