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Esta comunicação apresenta parte da pesquisa de tese da autora, no arranjo teórico-empírico propondo aproximação do campo da Antropologia ao da Museologia e Patrimônio, enfatizando o processo de musealização do “Palacete Augusto Montenegro” e a criação do Museu da Universidade Federal do Pará em 1984, sediado na edificação histórica. A abordagem enfoca dois pontos: a biografia cultural do patrimônio musealizado e constituição da rede de interlocutores da pesquisa realizada. O instrumental metodológico alinha-se à abordagem etnográfica de natureza qualitativa, cujo trabalho de campo baseia-se na observação participante, gravação e transcrição de entrevistas, depoimentos, relatos, registos fotográficos, audiovisuais e cartográficos, além de fontes bibliográficas e documentais. O objetivo do estudo centrou-se na análise das representações e formas de praticar o espaço urbano do bairro de Nazaré, em Belém do Pará, na região norte do Brasil. O objeto de pesquisa pauta-se nos itinerários urbanos de deslocamentos das pessoas em suas práticas culturais e espaciais cotidianas ao andar, trabalhar, morar e vivenciar o tempo livre e de lazer nas ruas do bairro. A rede de conversação/interlocutores da pesquisa foi composta por sujeitos/grupos sociais urbanos ou habitués que circulam e praticam o espaço do Museu Universitário de várias formas. Nas considerações finais ressalto a importância dos estudos do patrimônio musealizado na dimensão do cotidiano entendendo o patrimônio na concepção integral (tangível e intangível) e polissêmica.

Patrimônio Histórico Musealizado; Grupos Sociais Urbanos; Rede de Conversação.