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CIDADES INTELIGENTES NO ESTADO INFORMACIONAL: AS DIMENSÕES POLÍTICAS
Última alteração: 2017-10-29
Resumo
Os debates nos países ocidentais sobre a inovação, a economia do conhecimento e o futuro do desenvolvimento urbano têm sido pela instalação de cidades inteligentes. Nas publicações, percebe-se o pouco que se sabe sobre o tema “cidades inteligentes” ou smart cities. Tema apresentado muitas vezes pelas empresas implementadoras dos projetos, torna-se obscuro os processos de regulação, a que interesses atendem e qual é a participação dos cidadãos. O primeiro objetivo deste artigo é politizar o tema, de forma crítica, relacionando-o à necessidade de as cidades inteligentes serem foco das políticas de informação, pois seu conteúdo não se limita às discussões urbanísticas e, sim, ao desenvolvimento pela informação e suas tecnologias. Os projetos são apresentados em proposições ou dimensões em dicotômicas. Para analisar esta dualidade dimensional das cidades inteligentes, questiona-se sobre a mediação das informações que circulam e são armazenadas pelas cidades, o papel do Estado, legitimando ou não as decisões de baixo para cima sobre as informações públicas, e se as tecnologias servem ao desenvolvimento ou ao controle informacional e ao mercado. Por seu aspecto de intangibilidade, a ausência de controle sobre a economia da informação e do conhecimento pode conduzir à concentração de riquezas e não garantir o desenvolvimento das cidades ou colocá-las reféns de uma “variação da alta tecnologia”. O estudo foi de natureza qualitativa com técnicas bibliográficas e documentais e pesquisa de campo. Analisaram-se as tecnologias privilegiadas e a participação do setor público e as consultas aos usuários-cidadãos. Adotou-se o método dialético para mensurar uma interpenetração dos contrários. A conclusão é de que a gestão adequada da informação pertencente à cidade, e seu reuso pelo cidadão, é o primeiro passo para a adequada escolha das tecnologias que irão contribuir para o seu desenvolvimento e assim os projetos devem partir de baixo para cima e não ao contrário.
Palavras-chave
Cidades inteligentes. Smart cities. Política de informação. Tecnologias inteligentes. Estado informacional.
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