A Organização do Conhecimento Arquivístico enquanto um campo que visa desenvolver sistemas de recuperação da informação de caráter orgânico e funcional está inserido no contexto histórico, social e cultural que contribui para o ciclo de estruturação das vivências humanas de grupos organizacionais e pessoais. Nesse sentido esta pesquisa de caracterização teórica e descritiva tem como objetivo demostrar a relevância da Organização do Conhecimento Arquivístico para o acesso à informação por meio de um vocabulário controlado específico: os tesauros funcionais, que atuam por meio da representação da função que deu origem ao documento arquivístico. Para tanto, delimita-se um breve levantamento bibliográfico. Verifica-se que é possível compreender a relevância por meio de uma sistematização pragmática das teorias e funções arquivísticas com a classificação facetada de Ranganathan, nos planos da ideia, da linguagem materializada e notacional. Essa relação permite inferir que a atividade de classificação, permite o desenvolvimento dos tesauros funcionais. Com essa perspectiva abre caminhos para que haja novos aprofundamentos dessa relação, em forma de uma sistematização teórica e metodológica que dê suporte para a construção desses instrumentos terminológicos ao campo da Arquivologia, com foco em sua essência: representar a função que deu origem ao documento, e com isso, permitir que a produção documental seja padronizada para que o acesso à informação ocorra de forma rápida, segura e eficiente.