O estudo reflete sobre o processo de construção e registro da informação numa relação direta com a noção de memória cultural, a qual indica o vínculo entre passado, presente e futuro. A revisão da literatura aborda aspectos referentes aos arquivos pessoais e as potencialidades do tema para produção, transmissão e preservação da informação. A metodologia tem como base o delineamento documental e abordagem qualitativa, ou seja, o recolhimento de informações que se traduzem em representações ou símbolos, cuja expressão material se visualiza no patrimônio cultural, acreditando que o patrimônio possui a capacidade de estimular a memória das pessoas historicamente vinculadas a ele, por isso é alvo de estratégias que visam a sua promoção e preservação. Os documentos selecionados compõem o acervo de Ademar Vidal, de domínio público no Instituto Histórico e Geográfico (IHGP), servindo de subsídios na composição da memória individual e coletiva. Conclui-se que o estudo da memória perpassa o plano individual, posto que, as memórias de um indivíduo não pertencem exclusivamente a si próprio, mas fazem parte da sociedade. Assim, Ademar Vidal estava seguro de que a obra que realizou lhe garantiria um lugar na história, o que representa a vontade última do autor, levada em conta sua autoridade publicamente reconhecida.