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O trabalho discute a inclusão social para catadores de lixo no âmbito do projeto Pimp my Carroça, tendo como objetivo identificar em que medida a iniciativa atende aos anseios de inclusão social e responsabilidade ambiental. A crise atual é alimentada por um sistema que busca o crescimento econômico, gerando desigualdades na distribuição de riqueza e na apropriação de recursos naturais, e cuja longevidade tem a informação como variável chave, caracterizando-se como um infocapitalismo. A inclusão social está na agenda de políticas públicas e do terceiro setor, mas deixa em aberto a questão do tipo de mundo onde incluir pessoas. O risco é o de alimentar a máquina da exclusão, ao invés de combater a desigualdade e os efeitos negativos sobre o meio ambiente.  Em uma pesquisa de campo com os catadores e com ativistas do Pimp são identificados os perfis dos catadores e a lógica operacional do projeto. O confronto das visões revela que os catadores se posicionam de forma diferenciada e nem todos buscam a inclusão social. O Pimp não parece estar sintonizado com as demandas dos catadores, mais ainda por aceitar o apoio de empresas sem levar em conta a atitude delas frente à questão ecológica e social, o que pode levá-lo a fortalecer o sistema que se propõe a combater. Conclui-se que o projeto enfrenta o paradoxo de adotar medidas paliativas para resolver o grave problema dos nossos tempos, a desigualdade e a degradação ambiental, ambos fruto da sociedade capitalista.

Inclusão social;Capitalismo informacional;Catadores de recicláveis.