Última alteração: 2017-10-20
Resumo
Este artigo faz parte de uma pesquisa sobre o fluxo informacional no processo de formulação das políticas públicas em saúde, com uma análise a partir do Conselho Estadual de Saúde do Estado da Bahia. Para este trabalho, o objetivo é a discussão de competências infocomunicacionais demandadas dos atores governamentais e os não governamentais, que participam do processo de formulação dessa política pública. Esta compreensão é imprescindível para a pesquisa, tendo em vista que tais sujeitos devem, dentre outras atividades, interpretar os dados nos sistemas de informação em saúde, para identificar a demanda e as necessidades de políticas em saúde. Essas competências serão analisadas sob a proposta conceitual das competências infocomunicacionais de Borges (2013). O procedimento metodológico adotado foi de levantamento bibliográfico e levantamento de dados de campo, com aplicação de entrevistas piloto e análise de documentos. Os resultados parciais apontam para a existência de competências infocomunicacionais, contudo, incipiente quanto: a utilização e o manuseio das plataformas digitais, tendo em vista que as habilidades operacionais constituem um empecilho para o avanço na compreensão e uso da informação. Além disso, a avaliação da informação se apresenta constrangida por forças políticas na definição das pautas nas agendas governamentais. Diante disso, observa-se que, tais competências carecem de maior divulgação entre os atores envolvidos na formulação das políticas pública em saúde, para que estas sejam formuladas com maior precisão em proveito de toda sociedade.