O presente artigo busca demonstrar em que medida as políticas nacionais de ampliação de vagas e de democratização do acesso ao ensino superior se refletem no perfil do discente do curso de graduação em Arquivologia da Universidade Federal Fluminense, bem como identificar quais as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos ingressantes que, caso não sejam equacionadas, podem comprometer a permanência e o êxito nos estudos na instituição. O estudo ora apresentado fundamentou-se em pesquisa de natureza quantitativa do tipo descritiva-exploratória, sendo os dados coletados a partir de questionário preenchido por alunos matriculados no curso de Arquivologia no ano de 2017. Os resultados sugerem que a atual composição socioeconômica dos alunos do curso de Arquivologia da Universidade Federal Fluminense refletem as recentes medidas adotadas pelo governo federal, particularmente aquelas orientadas ao ingresso de alunos provenientes de segmentos sociais economicamente menos favorecidos. Pudemos verificar ainda que um importante percentual dos estudantes ingressa na universidade exercendo algum tipo de atividade remunerada e que muitos deles contribuem com a renda mensal familiar. Com efeito, tais aspectos demonstram a necessidade de se criarem novos e mais eficazes programas de assistência estudantil voltados desde os problemas mais elementares à permanência discente, como a oferta de subsídios à alimentação e ao transporte, além de medidas voltadas à garantia de competências mínimas aos graduandos.